Adeus Iguaçu!

É tempo de seguir viagem...

Esta é a minha foto favorita das cataratas. Foi tirada a bordo de um dos barquinhos que fazem parte da aventura do Macuco.

Estes barcos fragéis levam-nos para debaixo de uma das quedas de água mais pequenas. É um banho físico e espiritual que nos lava a alma e a roupa que vestimos também.

Vale a pena perder o medo de cair num dos perigosos remoinhos. Vale a pena sentir a força daquelas águas e a energia que as dezenas de cataratas libertam no rio e na terra à sua volta.

Deixámos o parque exaustos mas com um sorriso rasgado nos lábios. E a promessa de lá voltar, com mais tempo para explorar os encantos do Parque Natural do Iguaçu.

Uns habitantes amistosos

Ao entrar no parque do Iguaçu somos logo avisados para ter cuidado com uns bichinhos amorosos. Os quatis são famosos pela recepção que fazem aos visitantes, logo à entrada. Vêm em busca de comida e basta o cheiro para atrair estes curiosos animais.





O cuidado prende-se com a energia com que estes "peluches" animados perseguem as suas vítimas, caso detectem um traço de alimento nas suas roupas ou mochilas. Vale a pena observá-los... mas de longe!

Garganta do Diabo

As cataratas do Iguaçu formam uma fronteira natural entre o Brasil e a Argentina. São mais de 270 quedas de água, que rompem caminho pelas escapas e vão embater sonoramente no rio.






A maior delas é a Garganta do Diabo, com 150 metros de largura e que cai a 80 metros de altura. O passeio pelo parque leva os visitantes até bem perto da majestosa catarata. Os pássaros e borboletas esvoaçam por entre os salpicos sem qualquer receio da força das suas águas.

Passeio divino entre a natureza

Por entre a mata atlântica vislumbram-se as primeiras quedas de água. O som que nos rodeia não deixa margem para dúvidas: estamos cada vez mais perto de uma experiência divina!

Cataratas do Iguaçu, Património Mundial

Antes de partir, fiz um trabalho de casa exaustivo. Estava ansiosa por conhecer de perto as famosas quedas d'água.

Chegámos bem cedo ao Parque Nacional. O calor mesmo assim já apertava. O estado do Paraná não partilha o clima abafado do Nordeste, mas quando o calor aperta, é a sério!

O Parque tem uma área total de 185.262,20 hectares. Conserva ainda uma grande extensão da mata atlântica. No seu interior ficam as espectaculares cataratas. Essa é a principal atracção turística, mas não a única.

A fauna é tão rica quanto a flora, cerca de 250 espécies de borboletas (que adoram conviver com os visitantes) e ainda mais de 800 outras espécies, entre mamíferos, anfíbios, serpentes (essa parte não me agradou lá muito), lagartos, peixes e aves.

Um autocarro levou-nos até ao início do trilho que percorre por cima das cataratas. De outra forma, iriamos demorar algumas horas a conseguir chegar até lá.

Brasil, terra dos mil contrastes

Posso viajar pelo mundo inteiro. Duvido que vá encontrar a diversidade que o Brasil oferece.

Não estou a falar dos locais mais turísticos, anunciados em qualquer agência de viagens.

O Nordeste e a Baia têm os seus encantos. Mas para conhecer este território tão vasto, convido a ler a minha aventura pelo estado do Paraná, no sul brasileiro.

Numa road trip improvisada, parti ao encontro dos meus amigos A. e T. Foi a minha primeira viagem sem companhia, durante dois dias. Sai de Lisboa, com escala no Rio de Janeiro, destino a São Paulo. Pernoitei na gigantesca metrópole e na manhã seguinte apanhei um vôo interno para Foz de Iguaçu.

Passou-me logo o medo de longas viagens de avião!

Começou assim o meu deslumbramento por aquele cantinho (um eufemismo) que faz fronteira com a Argentina e o Paraguai.